sábado, 29 de setembro de 2012

Bom dia!


E hoje eu resolvi falar das sutilezas da vida e das belezas do Mundo, como se nada ruim fosse capaz de me atingir. E não pode. Blindada contra mau olhado e vibrações negativas, meus desejos são de amor e luz a todos que me cercam e, de alguma forma, se vêem refletidos nesse novo jeito que encontrei de descobrir os caminhos que me esperam. Vai ver que nem vai fazer aquele sol esperado amanhã, mas ainda vai ter muita vontade de fazer as coisas raiarem mais bonitas e doces, só porque hoje eu acordei feliz. E felicidade, daquelas duradouras e merecidas, não depende do sorriso de ninguém. Aprendi a tecer as minhas vestes, a trilhar o meu caminho e escrever a minha história. Lembra da promessa feita, menina? Cair, de vez em quando. Desistir, jamais! Deus, quando te deu a missão, não te disse que seria fácil, mas apostou que você conseguiria.

(Marílya Caroline)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Presta atenção...


Vou te contar um segredo, menino, eu torci pra que fosse você. Não me leve a mal, é que meu coração já não aguentava mais ficar tão vazio. Sendo preenchido apenas por mofo e teias de aranha. Ele torceu para que você fizesse diferente, para que, pela primeira vez, eu me desarmasse e permitisse a tua entrada. Por mais que tivesse sido pouco tempo, por mais que eu pouco te conhecesse. Mas só o fato de você ter sido capaz de me despertar, me fazer sentir gosto por algo que eu já não sentia, fez com que ele desse pulos de alegria e apostasse no seu jogo. Mas como todo coração, ele também é ingênuo, coitado, não tem culpa de acreditar em um ser qualquer. Ele só estava feliz por, aparentemente, eu deixar um pouco a razão de lado e começar a lhe dar atenção. Porém como todos os outros, ou pior, você não contribuiu com o desejo dele. Mas eu também não te culpo por isso. Não é qualquer um que suporta o peso da bagagem que carrego, e que sente-se capaz de assumir a grande responsabilidade que é estar ao meu lado. Assumiste que és macho, no quesito que a esse termo cabia, mas mostrasse que a ti não cabe o papel de homem. Bem que tu querias, mas sabe que nunca seria capaz. É nítido na forma que me olhas, e como minha simples presença te perturba. Você escolheu o seu caminho, meu bem, o mais rápido e fácil. E eu vou seguindo o meu, da forma que sempre foi. Meu coração já é acostumado, já se conformou com mais uma aposta perdida. Quanto a esse segredo, melhor esquecer que te contei. Pra não cair na tentação de contar ele por aí. É que tenho uma imagem a zelar, e não gostaria de manchá-la por tão pouco.


(Heloisa Bezerra)


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Seven Day




Está chegando o dia. O dia do reencontro. Tenho profundo medo do que vou sentir. Sabe que eu quero te ver, mas tenho medo. Medo de fraquejar. Meu amor, você verá uma mulher fria. Sem amor. Mas é só casca. Porque por dentro ela ainda te ama. Mas eu não vou demonstrar. Não vou te deixar perceber, que esse amor que parece infinito, ainda está aqui. Vou agir naturalmente, demonstrar que está tudo normal. Mas em meu interior, há quantos batimentos por segundo estará meu coração? Eu estou com saudade. Mas não vou demonstrar, nem tampouco querer mata-la. Vou ser forte. É o que me resta. Porque ceder as suas tentativas já não me convém mais. Depois daquela última mensagem, nem sei mais como te olhar. Tenho medo de ter uma recaída, mas tenho muito mais medo de você não me propor uma. Vai doer. Mas vou te dizer não. Será amargo o gosto de me ver negar aquilo que você sempre teve? Quero ver como você vai se sentir em não ter aquilo que eu sempre quis dar a você. Talvez você nem se lembre de todas as vezes que te propus um sim, mas sei que não irá esquecer o meu não. Porque um não, não se esquece. Tudo isso vai passar. Vou sofrer. Mas dessa vez vou saber sofrer. São só poucos dias. E vai parecer uma eternidade. Vou lutar contra mim mesma. Quem vencerá? Meu lado que ama, ou meu lado que quer deixar de te amar? Está chegando a hora. Estou ansiosa. Ou talvez nem queira que essa hora chegue. Como entender? Estou confusa. Estou amando. Estou tentando deixar de amar. Estou querendo, querendo o que? Esquecer? Ou a saudade matar? Diante de tudo, o que eu quero mesmo é ser feliz; independente de te amar. Deveria desistir de talvez fraquejar, porque estar longe de ti se torna tão mais fácil, tão menos complicado. Tão menos doloroso. Mas quando te vejo, tudo desaba. É como minha segurança fosse automaticamente desativada. Perco o controle. Falta coragem de ir, mas não me falta vontade. Está chegando o grande dia. E nem sei se espero mais ele chegar, ou ele passar logo. Vou conseguir ser forte. E conseguir de você a única coisa que é possível no momento. O seu arrependimento. Talvez minha frieza na casca te engane, e te faça ver que você não perdeu alguém, perdeu o alguém que te amou, como ninguém. E que ainda te ama, como ninguém. Está chegando o dia. O dia em que terei ainda mais certeza, que o futuro reserva dias melhores.

                                                              (Jéssica Silveira)